Se você chegou até aqui, provavelmente sabe que uma viagem para a Tailândia é mais do que templos dourados e praias paradisíacas.
Você está buscando uma transformação profunda, aquela que começa na alma, mas que precisa, urgentemente, passar pelo corpo.
O Tantrismo, um movimento pan-indiano, ensina que o corpo físico é um templo para a conexão com o transcendente. É um caminho ou atalho para a libertação e a evolução espiritual, tendo como objetivo a expansão do conhecimento (o significado da palavra tantra).
E dentro dessa jornada, resgatamos a adoração à Deusa Mãe e ao seu poder denominado Shakti, o princípio divino feminino e a energia primordial.
Estou aqui para te guiar em uma odisseia de 5 dias pela ilha mais espiritual do Golfo: Ko Pha Ngan. Nosso foco será a região de Sri Thanu, um verdadeiro refúgio para o autoconhecimento, repleto de vegan spots, yoga, retiros de cura e workshops focados em tantra e sensualidade consciente.
Este não é um roteiro comum, mas um convite para você se presentear, redesenhando sua existência através do prazer autêntico.
Pois, como a filosofia hedonista nos lembra, a vida se manifesta em toda sua grandeza através do corpo, e o prazer é o afeto alegre que aumenta a sua potência de existir. Vamos explorar como o Prazer Feminino é a união sagrada entre:
Corpo + Presença + Liberdade.
A liberdade é, de fato, a chave para a autonomia, e este roteiro é o seu mapa para vivenciar a sacralidade feminina de Ko Pha Ngan na sua própria carne. Prepare-se para a cura e a alegria. Vamos começar!
Despertar da Shakti interna: o corpo como templo hiperestésico
Nossa jornada em Ko Pha Ngan começa na base, no seu corpo, porque é nele que a Shakti, a energia primordial feminina, reside. O Tantrismo nos ensina que o corpo físico é, na verdade, um templo para o transcendente.
Em Sri Thanu, você vai sentir essa energia vibrando. O que estamos buscando é a experiência do hápax existencial, aquela “iluminação” ou “êxtase” que surge diretamente do corpo e gera uma revelação profunda, uma verdadeira conversão filosófica.

Em vez de ver a filosofia como algo puramente abstrato, reconhecemos que a lucidez e a razão muitas vezes emergem do que parece ser o seu oposto: um estado de desordem ou entusiasmo intenso que o corpo registra.
Você vai descobrir que seu corpo não é apenas matéria inerte, mas uma “máquina hiperestésica” ou de sensibilidade aguçada. Essa hipersensibilidade é o lugar exclusivo onde o abalo existencial se “registra”.
Dentro dessa experiência física, encontramos a Kundalini, representada como uma serpente que dorme enrolada três vezes e meia no centro bioenergético mais baixo. A Kundalini é um atributo direto da Shakti, a força vital.

Nossa prática em Ko Pha Ngan, seja no yoga ou na meditação, buscará despertar e elevar essa energia pelo canal central (Sushumnâ) até o centro coronário, onde o objetivo máximo é o samâdhi, a união de Shiva e Shakti, o êxtase.
Portanto, os primeiros dias aqui não são sobre fugir, mas sobre mergulhar profundamente na sua própria carne, reconhecendo que o corpo é o nosso melhor aliado na busca do prazer e na expansão da nossa potência de existir.
A arte de esculpir a existência: rituais de cura e busca pela ataraxia
Depois de reconhecer a potência da sua energia interna, em Sri Thanu o próximo passo é transformá-la em arte e liberdade.
O Tantrismo tem como objetivo a libertação e a expansão do conhecimento. Já a filosofia hedonista nos convida a praticar a “estética da existência”, o que significa tomar a tarefa maior de esculpir sua própria identidade pessoal.
Isso não é um processo suave, mas uma transformação da energia bruta e ilimitada do real em uma forma ética determinada.

Por isso, os retiros de cura em Ko Pha Ngan são tão importantes: eles fornecem as ferramentas práticas para que você possa impor ordem no caos da sua vida.
Um dos caminhos para essa cura profunda é o uso consciente das técnicas do corpo. Pense, por exemplo, nos mudrâs (gestos das mãos) que você aprenderá no seu retiro de yoga.
Eles são considerados terapias que ajudam a restabelecer o equilíbrio dos cinco elementos materiais (terra, água, fogo, ar e éter) que, quando em desequilíbrio, causam problemas ao corpo físico.

Nosso objetivo ético é a serenidade, a chamada ataraxia, que no Epicurismo é o prazer da ausência de perturbação. Mas atenção: serenidade não é o mesmo que insensibilidade!
É uma busca por um estado de espírito pleno e ideal, onde você aprende a lidar com a dor e a exercer um direito radical de escolha, separando os desejos que são naturais e necessários daqueles que são artificiais e criados pela imaginação ilusória.
Essa é a verdadeira liberdade: não é sobre fazer tudo, mas sobre dominar e escolher o prazer que não te custe o preço de uma alienação. É sobre construir o seu próprio estilo de vida, sendo a sua própria lei.
A sensualidade consciente na época da libertação
A redescoberta do prazer em Ko Pha Ngan nos leva a celebrar a sensualidade consciente. Por séculos, a tradição idealista buscou aniquilar o desejo e transformar o ser humano em um “anjo castrado”, tratando o corpo como impuro.
Mas para o hedonismo, o prazer é o afeto alegre que aumenta sua potência de vida. Aqui, em Sri Thanu, celebramos os sentidos mais rejeitados pela filosofia clássica:
- Olfato;
- Paladar; e
- Tato.
Eles são, na verdade, os sentidos da imediatez e da experimentação, que nos colocam em contato direto e íntimo com a matéria do mundo.
Olhar e ouvir são sentidos de representação, mas tocar, cheirar e degustar são atos de experimentação, que confirmam nosso parentesco com a natureza e a nossa animalidade.
Os vegan spots e a culinária da ilha, por exemplo, não são apenas nutrição, mas uma filosofia do gosto. A boca é o vestíbulo da necessidade vital, e o ato de cozinhar ou degustar é um exemplo de como a arte humana transfigura a necessidade natural em uma experiência estética.

Nos workshops de sensualidade consciente e cura, você aprenderá a usar o tato, o olfato e o paladar para rematerializar sua vida.
O gozo (o prazer em si) acontece no puro instante presente (agora), porque é um movimento evanescente. Por isso, a presença é fundamental para a experiência autêntica! E, por fim, a liberdade se manifesta em suas relações.
Após todo esse trabalho interno, você poderá aplicar a ética das afinidades eletivas. O sábio hedonista escolhe as pessoas em seu círculo ético com base no princípio de produzir prazer e alegria e afastar o que gera tristeza e desprazer.
Seu objetivo é salvaguardar o núcleo duro de sua identidade, e você só será inteiramente você mesma, ao natural, quando estiver com pessoas que te aceitam integralmente (como na amizade verdadeira, a mais sublime das relações).
A consagração da Deusa e o manifesto da potência de existir
O mergulho nas águas de Sri Thanu pode ter chegado ao fim, mas a verdadeira viagem, aquela para o interior do seu ser, apenas se iniciou. O que você descobriu em Ko Pha Ngan é que a mulher é, de fato, a representação da Shakti, a energia primordial e divina.
Essa força é a fonte de toda a criação e reside em você, enrolada na base, como a Kundalini, a força que leva à ampliação da consciência de si mesma.
Ao longo desta jornada, percebemos que o corpo é o centro de tudo e o lugar exclusivo onde o abalo existencial se registra. A verdadeira sabedoria não vem de ideias abstratas, mas da carne que sofre e que registra as menores vibrações da existência.
É por meio da fisiologia que a lucidez e a razão emergem, muitas vezes após um entusiasmo ou desordem intensa. Essa experiência, o seu “hápax existencial”, tornou-se a gênese de uma ética hedonista.
O Tantrismo e o Hedonismo se unem aqui como caminhos para a libertação e para a expansão do conhecimento. A liberdade é a condição de possibilidade para uma filosofia hedonista, e é ela que lhe permite escolher conscientemente os prazeres que aumentam a sua potência de existir.
Você não está mais buscando apenas a serenidade, que é o prazer da ausência de perturbação, mas sim a produção de um estilo, tornando-se a escultora da sua própria existência.
Agora, munida dessa consciência hiperestésica e desta ética que afirma o prazer como o afeto alegre que aumenta a sua força de vida, você se tornou a sua própria lei, livre para construir afinidades eletivas que geram alegria, afastando o que traz desprazer e tristeza.
Se você está pronta para canalizar essa energia redescoberta em uma jornada que celebra a sua Shakti interna, permitindo-se desfrutar lealmente do seu próprio ser, eu posso te ajudar a planejar o roteiro que irá transformar essa filosofia de vida em realidade.
Diga sim à sua liberdade e ao seu júbilo! Me chama no WhatsApp e vamos desenhar o seu roteiro de redescoberta pessoal, feito para a mulher que você é, e a Deusa que está a se tornar:
